OS CALENDÁRIOS E A ERA CRISTÃ

18-10-2016 00:00

“ERA”  aion ou aei? 1. Duração de uma geração, o mundo num dado momento, um período particular na história mundial. 2.  Uma ERA pode representar a sucessão de descendentes linear: pais. Filhos, netos, bisnetos, trinetos, tataranetos.  3.  conjunto de pessoas vivas numa mesma época.  4.  período longo de tempo que começa com um novo sistema  cronológico.

A ERA  CRISTÁ é a que teve início  no ano do nascimento do Senhor Jesus Cristo, comumente escrita em forma abreviada  “d. C.”, que significa “Ano do Senhor”, em atenção ao ano do nascimento do Senhor Jesus Cristo. Para as datas antes do nascimento de Jesus usa-se a abreviatura  a.C.  referente às palavras “Antes de Cristo”. 

Quando Jesus nasceu, o Império Romano dominava o mundo. Os romanos datavam seus acontecimentos tomando por base o ano de fundação de Roma, o ano 753 antes de Cristo. Para os romanos, esse ano era o “AUC”., do Latim  “Anno Urbis  Conditae”  que significam o “ano em que a cidade foi fundada”.  (Roma). A ERA romana começa, pois em 1 AUC.

CALENDÁRIO ROMANO.  Foi organizado em 753 a.C. por Rômulo, que, segundo a História, foi o primeiro rei de Roma, cidade reino. Este reinou em 753 – 715  a. C., este calendário tinha 10 meses de 30 dias e começava em março.  O sucessor de Rômulo reforçou o calendário  acrescentando-lhe dois meses, passando o ano a ter 355 dias.

O CALENDÁRIO JULIANO.  Julho César reformou o calendário romano em 46 a.C. através de seu astrônomo, Sosígenes de Alexandria. A partir de então, este calendário passou a chamar-se JULIANO. Sosígenes cometeu o erro de considerar o ano solar como tendo 365 dias e 6 horas, quando o mesmo tem 365 dias e 5 horas e 49 minutos. Esses minutos acumulados anualmente, desde o tempo de César, somaram 10 dias em 1582, o que motivou o Papa Gregório XIII a reformar outra vez o calendário.

O CALENDÁRIO DE DIONÍSIO.  Em 526 d. C. o imperador romano do oriente, Justiniano I,  decidiu organizar um calendário original partindo do ano do nascimento de Jesus, A tarefa foi confiada ao abade dominicano Dionysius Exiguus, o qual fixou o ano 1 d. C., isto é, o ano 1 da Era cristã como sendo o 753 AUC, (ano em que Roma foi fundada) cometendo um grave erro, como mais tarde ficou comprovado. Ele deveria ter fixado o ano 1 d.C. cinco anos antes, isto é, em 749 AUC, e não 753. Seu erro foi, pois, um atraso de cinco anos na fixação do ano 1 da Era Cristã. Uma vez concluído este calendário, o mesmo passou a ser adotado em todo o mundo aonde chegasse o cristianismo.

Tempos depois os doutos na matéria encontraram erros no calendário de Dionysius.  Davis, citando o historiador judeu  Flávio Josefo, mostra que Herodes o Grande, morreu em 750 AUC. Ora, afirmando a Bíblia que Herodes morreu depois do nascimento de Jesus, logo o calendário de Dionysius está errado ao afirmar que Jesus nasceu em 753 do “Ano Urbis Conditae”.   Se Herodes morreu em 750, como é geralmente aceito,  então Jesus nasceu em 749 AUC, isto é, quatro anos antes do ano 1 da Era Cristã, segundo o calendário de Dionysius.  Note-se que de 753 a 749 a quatro anos, e não cinco como parecem à primeira vista.  Por causa dos meses que ultrapassam de quatro em quatro anos, conforme os estudos dos eruditos arredonda-se o número de anos para cinco, para facilidade de cálculo.

Eis ai a razão porque livros e publicações em geral afirmam que Jesus nasceu em “5 a C”., isto é, 5 anos antes da Era Cristã, o que é contra-senso se não houver uma explicação. Como poderia Jesus nascer cinco anos antes  do Seu próprio nascimento?  A explicação já foi dada a cima. E, por qual razão perpetuou-se o erro, em vez de se corrigi-lo? É que uma vez descoberto o erro  (um atraso de cinco anos), sua correção no calendário acarretaria problemas seríssimos às pessoas e às atividades humanas.

Portanto, as datas atuais estão atrasadas em cinco anos. Como auxílio à compreensão deste fato, daremos abaixo um pequeno gráfico que visualiza esse atraso.

 

CALENDÁRIO

ROMANO

“AUC”

ANO 749

“AUC”

ANO 750

“AUC”

ANO 751

“AUC”

ANO 752

“AUC”

ANO 753

“AUC”

 

CALENDÁRIO

DA ERA

CRISTÃ

“d. C.”

 

AQUI DEVERIA TER COMEÇADO A ERA CRISTÃ.  ANO 1 d. C.

 

 

 

AQUI COMEÇOU A ERA CRISTÃ, O ANO 1 d.C., COM UM ATRAZO DE QUASE 5 ANOS

 

Como se vê, o calendário de Dionysius dá o ano 1 d.C., como sendo o 753 AUC. Corrigido o erro, o ano 1 d.C. vem a ser o 749 AUC. (ano da fundação de Roam).  As datas atuais estão, pois atrasadas cinco anos. Para termos datas exatas é preciso acrescentar cinco anos ao nosso calendário. Exemplo: 2016 + 5 = 2021.  Arredonda-se para cinco anos para facilidade de calculo, sabendo-se, no entanto que são quatro anos e meses.

Devido o erro de Dionysius não ter sido corrigido, a Era Cristã não começa no ano do nascimento de Jesus, mas cinco anos antes.  O ano 1 do calendário atual é na realidade o ano 5, porque Dionysius  “engoliu cinco anos”. Nossos livros declaram o fato de Jesus ter nascido em 5 a C, mas não explicam o fato do erro, e, quando apresentam datas corrigidas não dão explicação também. Isto sempre nos intrigou até chegarmos a um esclarecimento definitivo dos fatos.

O CALENDÁRIO GREGORIANO. Em 1582 o Papa Gregório XIII,  aconselhado pelo astrônomo calabrês Lílio, alterou num ponto  o calendário de Dionysius.  Gregório tirou 10 dias do ano 1582, ordenando que o dia 5 de outubro de 1582 passasse a ser 15 de outubro, a fim de corrigir a diferença de dias devido o acúmulo de minutos a partir de 46 d C., quando César reformou o calendário.  Por causa dessa pequena alteração, o calendário atual é denominado Gregoriano. A Grécia e a Turquia ainda observam o calendário Juliano, o qual está 13 dias adiantados em relação ao nosso. Esse calendário aumenta 1 dia cada 4 anos.

A ERA HEBRAICA.  Começa em 3761 a C. Foi organizada como se acha atualmente, por Hillel em 360 d C. Seu calendário constava (e consta) de 12 meses, baseado no ciclo lunar, de 30 e 29 dias alternadamente. Esse calendário aplicado ao sistema solar resultava num dia extra todos os meses e num mês extra cada três anos (o ve-dar). A observância do mês lunar de 30 dias evitava o acúmulo de mais um mês cada 3 anos.  O nosso ano (2016) corresponde ao ano 5776-5777 do calendário hebraico. O início de cada mês coincidia com a lua nova. Os judeus tinham dois calendários: O religioso, que começa no mês de Nisan (abril), e o civil que começa no mês de Tisri (outubro).

Os judeus ortodoxos referem-se à Era Cristã como Era Comum.

 

O CALENDÁRIO HEBRAICO

Nome e equivalência

Referências

Agricultura e clima

Festas

 

Mês 1

Abibi – Nisan

Março - abril

Êxodo 12:2; 13:4; 23:15; 34:18; Dt 16:1;  Ne 2:1; Et 3:7

Chuvas tardias de primavera, início da colheita da cevada e do linho

Páscoa, pães asmos.

As primícias

Mês 2

Zive (liar)

Abril - maio

I Reis 6:1, 37.

Colheita da cevada.

Início da Estação da seca

 

Mês 3

Sivã

Maio – junho

Ester 8:9

Colheita de trigo

Pentecostes

(festas das semanas)

Mês 4

(tamuz)

Junho – julho

 

Cuidados dos vinhedos

 

Mês 5

(abe)

Julho - agosto

 

Maturação das uvas, figos e azeitonas.

 

Mês 6

Elul

Agosto - setembro

 

Neemias 6:15

Processamento dos figos, uvas e azeitonas.

 

Mês 7

Etanim (tisri)

Setembro – outubro

 

I Reis 8:2

Começam as chuvas temporãs de outono. Tem início a lavradura dos campos.

As trombetas.

A expiação.

Os tabernáculos.

Mês 8

Bul (maresvã)

Outubro-Novembro.

 

I Reis 6:38

 

Semeadura de trigo e da

cevada

 

 

Mês 9

Quisleu

Novembro-dezembro

Neemias 1:1;

Zacarias 7:1

Começam as chuvas de inverno (neves em algumas regiões)

 

Mês 10

Tebete

Dezembro-janeiro

 

Ester 2:16

 

 

 

Mês 11

Sebate

Janeiro-fevereiro

 

Zacarias 1:7

 

 

 

Mês 12

Adar

Fevereiro-março

Êd 6:15; Et 3:7,13; 8:12; 9:1,15; 17:19,21

Florescem as amendoeiras. Colheitas das frutas cítricas

Purim

Ester 9:26-28,32

Mês 12  (ve-dar – Shem)

               Segundo ve-dar

O mês Ve-dar era acrescentado a cada três anos para que o calendário lunar corresponda ao ano solar.

 Obs. Os nomes entre parênteses não se encontram na Bíblia.

 

NATAL EM 25 DE DEZEMBRO.

 

As datas exatas do nascimento e morte de Jesus não se sabem com absoluta precisão. O que se tem é apenas aproximação. A primeira comemoração do Natal de Jesus em 25 de dezembro deu-se em 325 d C. em Roma, realizada pelo imperador Constantino.  Até hoje as Igrejas Ortodoxas observam o Natal em 6 de janeiro e os armênios em 19 de janeiro. A data não importa muito, e sim o propósito e Espírito da  comemoração.

FONTES.

Bíblia Contemporânea,

B. de Est. Pentecostal,

História dos Hebreus,

Dicionário da Bíblia J. D. Davis,

Bíblia Online 3.00.

Pastor Jônatas Martins Lopes.

E-mail: prjonatas@hotmail.com

Outra História sobre o Natal

O Natal que ocorre todos os anos no dia 25 de dezembro é a data que comemora o nascimento de Jesus Cristo, mas até o século IV o natal não acontecia no dia 25 de dezembro essa era a data em que os romanos comemoravam a chegada do inverno.

          As antigas comemorações do Natal costumavam durar até 12 dias por ser esse o tempo da chegada dos reis magos ao local onde Jesus nasceu do ponto de vista histórico o Natal marca a chegada do primeiro ano da história, certamente Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro.

        Hoje vemos vários motivos Natalinos que representa o Natal,  além de Cristo, também vemos no Natal atual a  arvore de natal o papai Noel, e outros.

         A tradição de montar a arvore de Natal começou na Alemanha em 1530 com Martinho Lutero, pois certa noite ele caminhava pela floresta e viu um pinheiro coberto de neve e ele vendo isso reproduziu uma arvore na sua casa, anos mais tarde a família britânica reproduziu uma arvore dessa no palácio onde foi copiado pelo mundo já que a Inglaterra naquele período era a grande potência mundial.

          O presépio que representa o nascimento de Jesus em miniatura começou com são Francisco de Assis no século XIII e a igreja rapidamente adotou essa representação.

         O papai Noel foi inspirado na figura de Nicolau que nasceu na Turquia em 280 d.C  o bispo, pessoa de bom coração costumava ajudar os pobres, deixando saquinhos de moedas próximos as chaminés, logo foi transformado em santo pela igreja católica.

         A associação de são Nicolau ao natal aconteceu na Alemanha e espalhou pelo mundo, ganhou fama mesmo no século XX com a propaganda da Coca-Cola transformando em um símbolo até mais importante do que o próprio aniversariante.

        Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo.

Hoje vemos um Natal cada vez menos cristão, pois o capitalismo corrompeu o verdadeiro sentido do Natal transformando a festa cristã em um mercado de vendas e consumismo.

Por: Bruno Ferreira