NATAL - SÍMBOLOS

NATAL - SÍMBOLOS
NATAL & SÍMBOLOS
Breve histórico
A lenda do velhinho inspirou-se em São Nicolau, que viveu na Turquia no século IV. Quando surgiu a lenda, São Nicolau presenteava pessoas adultas e crianças, sem distinção. Se o Natal é a comemoração do nascimento de Jesus Cristo, de onde foi que surgiu aquele velhinho de barbas brancas e roupas vermelhas que dizem levar presentes para todas as crianças? Na maioria das vezes, Papai Noel é mais lembrado no Natal que o próprio Jesus.
De acordo com a História, mesmo antes do nascimento de Cristo, exatamente no dia 25 de dezembro, já existia o costume de trocar presentes. Isso acontecia durante uma festa realizada dois dias depois do solstício de inverno, (início do Verão ou do Inverno). O dia com a mais longa noite do ano no Hemisfério Norte. (Na astronomia, solstício (do latim sol + sistere, que não se mexe). Os povos que celebravam a data, como celtas e babilônios, sabiam que o dia marcava o início da volta da fertilidade - pois o inverno iria ficando menos rigoroso até chegar à primavera e depois, o verão. Assim, eles se reuniam para homenagear o Sol, numa celebração que resistiu ao tempo. Posteriormente, a data foi adotada pela Igreja para marcar a comemoração do aniversário de Jesus.
O significado mudou, mas o costume de troca de presentes permaneceu. Até então, o Papai Noel não existia. As pessoas simplesmente presenteavam-se umas às outras. Mais tarde, entretanto, resolveram escolher um “santo” para ser patrono da data. O eleito foi São Nicolau, que viveu no século IV e havia sido bispo de uma cidade da Europa, localizada numa região onde hoje é a Turquia. Sua fama de generoso ia longe, e logo imaginaram que não havia ninguém melhor para ser responsável pelo dia 25 de dezembro. Afinal, se era dia de ganhar presentes, nada mais justo que o patrono ter sido uma pessoa que gostava de distribuí-los! A lenda começou então a se espalhar. Todo Natal, São Nicolau surgia para presentear a todos, adultos e crianças, sem distinção.
Mais tarde, as crianças passaram a ser as únicas beneficiadas. Foi quando a essa lenda misturou-se outra vinda da Escandinávia - a região que engloba os atuais países da Noruega, Suécia, Finlândia e Dinamarca. Lá, existia a história de um feiticeiro que vivia no gelo e punia as crianças “desobedientes” e presenteava as que se comportavam bem. Como o tempo acaba confundindo as pessoas, misturando significados e apagando lendas, o feiticeiro logo se juntou com o “santo” e dessa mistura surgiu o Papai Noel. Desde então, ele aparece em todos os dias 25 de dezembro trazendo presentes, vestindo sua roupa vermelha. Se o Papai Noel tivesse nascido no Brasil, talvez vestisse uma roupa mais fresca. Mas como importamos a tradição vinda de lugares frios, os Noéis que circulam por aqui sofrem com o calor brasileiro.
Árvore de Natal: existem várias versões para o surgimento da árvore como símbolo do Natal, a mais aceita delas é atribuída a Martinho Lutero autor da reforma protestante ocorrida no século XVI, que, certa noite ele caminhava pela floresta e viu um pinheiro coberto de neve e vendo isso reproduziu uma arvore na sua casa, anos mais tarde a família britânica reproduziu uma arvore dessa no palácio onde foi copiado pelo mundo, sendo que a Inglaterra naquele período era a grande potência mundial. Já na Roma antiga existia uma festa pagã conhecida como Saturnália que acontecia no mesmo período em que hoje é comemorado o Natal. Durante os festejos da Saturnália, os romanos colocavam máscaras de Baco, o Deus do vinho, nos galhos dos pinheiros. Como os festejos ocorriam na mesma época, pode ter vindo daí a tradição das árvores natalinas.
Cartões: o primeiro postal de que se tem notícia é datado de 1843. O autor foi John Horsley, segundo contam, um amigo lhe deu a idéia. No primeiro lote foram impressas mil cópias. No cartão havia três imagens, uma família inglesa festejando o Natal e as outras duas mostravam obras de caridade. O cartão trazia ainda a frase Alegre Natal e Feliz Ano Novo. A partir disso tornou-se comum desejar boas festas através de cartões, tanto aos amigos e familiares que estavam próximos como aos que viviam distante. Hoje, as imagens e frases estão cada vez mais elaboradas e alguns cartões até tocam músicas.
Cores do Natal: no início eram apenas o verde e o vermelho. A tradição das cores está diretamente ligada aos festivais do solstício de inverno: verde vem das verduras utilizadas como enfeites, o vermelho surgiu dos frutos do azevinho, que no inverno fica repleto de frutos rubros. Como a estação castigava muito o homem, o vermelho dava a sensação de aquecimento e, de acordo com a lenda, atiçava os sentimentos mais nobres e acendia o espírito natalino no ser humano. Nos dias atuais os enfeites estão cada vez mais coloridos, mas o verde e vermelho continuam a fazer parte da festa.
Coroas ou Guirlandas: reza a tradição que 12 dias antes do Natal uma coroa deve ser colocada do lado de fora da porta, este ato reflete o desejo dos donos da casa de que os vizinhos e amigos tenham saúde, paz e prosperidade. O costume era mais popular nos Estados Unidos, mas, graças ao cinema, tomou conta do mundo cristão. O uso deste adereço vem da Roma antiga, o hábito era apenas colocar na porta ou ofertar aos amigos um ramo verde e o gesto trazia implícito o desejo de saúde e felicidades no ano seguinte. Com o tempo, passou-se a enrolar os ramos formando uma coroa ou guirlanda, para torná-lo mais atraente. Hoje as famílias costumam comprar suas guirlandas, no entanto, se fossem seguir rigorosamente à tradição só exporiam na porta as coroas recebidas de presente.
Enfeites: houve um tempo em que os enfeites consistiam em frutos, doces e bolos. Depois, vidraceiros alemães começaram a fabricar peças decorativas mais leves para serem penduradas nas árvores. Até hoje na Alemanha existe a tradição de utilizar biscoitos cobertos de chocolate como peças decorativas.
Estrela: este símbolo acompanha as festas de Natal desde sempre. Sua história está diretamente ligada ao nascimento de Cristo, quando ela guiou os pastores até a manjedoura onde estava a criança. Normalmente a estrela é colocada no topo da árvore de Natal, nas portas e no presépio.
Frutos secos: a tradição das frutas secas está diretamente ligada ao solstício do inverno europeu. Segundo consta, na antiga Roma os frutos secos eram dados como presentes em todas as classes sociais durante as festas natalinas. As crianças não só os comiam como utilizavam como brinquedos, os jovens faziam jogos e as pessoas ricas os cobriam de ouro e estes serviam como presentes e peças decorativas. Além disso, para os romanos cada fruto tinha um significado especial. A avelã afastava a fome, nozes traziam prosperidade e as amêndoas evitavam o alcoolismo.
Meias/sapatinhos: Acredita-se que a tradição de colocar sapatinhos ou pendurar meias próximos as chaminés teve início em Amsterdã, uma vez que lá as crianças tinham o hábito de deixar os sapatos perto da porta na véspera do dia de São Nicolau. Segundo a tradição, tudo começou quando um homem chamado Nicolau soube que três moças não iriam se casar por serem muito pobres. Ele compadeceu-se delas e, à noite, para que ninguém o visse, atirou moedas de ouro através da chaminé, elas caíram nas meias que estavam penduradas perto do fogo para secarem. Daí a tradição de deixar sapatos e meias para que Papai Noel deixe presentes.
Missa do Galo: este simbolismo católico, também conhecido como missa da meia-noite, acontece exatamente à meia-noite. Isto ocorre porque Jesus teria nascido nesta hora. O costume começou em Roma no ano 400 dC. Para os latinos a celebração chama-se Missa do Galo, porque a única vez em que a ave cantou há esta hora foi na noite em que Jesus nasceu. Mas a tradição não é igual em todas as partes do mundo, existe uma lenda de que na província de Toledo, na Espanha, antes de soarem as doze badaladas da meia-noite, os lavradores matavam um galo para lembrar àquele que cantou três vezes quando Pedro negou Jesus. Após o sacrifício, as aves eram levadas para as igrejas e doadas aos pobres, para que estes tivessem um almoço de Natal mais requintado. Em algumas localidades de Portugal e da Espanha os galos são levados às igrejas para que cantem durante a celebração. Se a ave cantar é sinal de fartura na colheita, já se ela ficar quieta todos ficam infelizes porque significa um ano de pobreza e fome.
Músicas natalinas: a canção mais cantada e conhecida no mundo nesse dia é “Noite Feliz”. Ela surgiu na Áustria, em 1818 e, segundo a história, tudo aconteceu devido a um problema provocado pelos ratos. Os roedores teriam estragado o órgão da igreja e o padre Joseph Mohr foi procurar um instrumento para substituir o danificado pelos roedores. Em suas andanças ele começou a imaginar como estaria a noite em Belém quando Jesus nasceu, a partir disso o padre fez um rascunho e procurou o músico Franz Gruber que transformou tudo em melodia.
Papai Noel: Este é o personagem de quem as crianças esperam receber presentes e realizar lhes os desejos. A história tem muitas versões, contudo a mais conhecida diz que a figura foi inspirada num homem que de fato existiu. Segundo a lenda, a origem de São Nicolau (Papai Noel) é datada do século III e ele teria vivido numa cidade chamada Patras, na Grécia. A lenda conta ainda que Nicolau ficou órfão muito cedo e após a morte dos pais, ele teria doado seus bens e seguido a vida religiosa, tornando-se sacerdote aos 19 anos. Já velhinho, ele tomou conhecimento que na cidade onde vivia havia um casal muito pobre que tinha três filhas. Por não ter dinheiro para o dote, o pai decidiu que venderia as moças quando elas chegassem a idade de se casar. Quando a filha mais velha ficou adulta e logo seria vendida, Nicolau atirou moedas de ouro pela janela e estas caíram dentro das meias que estavam secando na chaminé. O mesmo aconteceu com a outra filha. O chefe da família, intrigado, ficou a espreita para descobrir o fenômeno. Descoberto o mistério, espalhou a história. Assim, o dia 6 de dezembro tornou-se o dia de São Nicolau. A igreja o reconheceu como “santo” após sua morte. Sua imagem foi relacionada às crianças e, segundo contam, ele distribuía presentes vestido de bispo e montado em um burro. A Igreja católica, então, propôs que a comemoração passasse para o dia 25, porque é a data do nascimento do Menino Jesus.
A tradição de presentear as crianças correu o mundo e foi levada para os Estados Unidos no século XVII, pelos holandeses. Eles usavam a lenda de São Nicolau, mas o chamavam de Sinter Klaas. Nos EUA, Papai Noel passou a ser chamado de Santa Claus, deram-lhe características de bonachão e bondoso. Ele também não montava mais um burrinho e sim um cavalo voador e por isso jogava os presentes pela chaminé. Em seguida o cavalo foi substituído por renas que puxavam um trenó aéreo.
O Presépio: São Francisco de Assis, o “santo” protetor dos animais, foi a primeira pessoa a representar o presépio com a gruta, a manjedoura, animais e figuras esculpidas, entre os anos de 1181 e 1226 dC. A primeira montagem aconteceu na Igreja Santa Maria, em Roma, e de lá a tradição foi espalhada para outras igrejas ao redor do mundo.
Sinos: o som destes instrumentos, hoje, simboliza júbilo, alegria e louvor pelo nascimento do Menino Jesus. Mas, antigamente, acreditava-se que o barulho afastava os maus espíritos.
Velas: esta é mais uma tradição que começou pagã e foi adotada pelos cristãos católicos. De acordo com a história, havia uma festa chamada Saturnais, que acontecia durante o inverno, período em que o frio e a escuridão ficavam além do normal, na qual os romanos acendiam muitas velas para terem algum calor e para pedir que o sol ressurgisse no céu. O cristianismo explica o costume dizendo que Cristo veio para ser a luz do mundo, então a chama das velas reverência sua divindade.